terça-feira, 8 de março de 2011

10 coisas que você precisa saber sobre namoro na internet



O assunto pode até soar um tanto batido, mas quem nunca se arriscou a navegar pela web em busca da tão sonhada alma gêmea? E nada de pensar que isso é assunto para adolescente introvertido, que passa horas em frente ao computador. Muita mulher adulta e "vacinada", depois de um belo "pé na bunda", encontra na internet um caminho certeiro para a paquera.

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Mas se você também é uma daquelas que têm os dois pés atrás quando o assunto é homem, mantenha a pose na internet. Sites de relacionamento são um prato cheio para mentiras - inocentes ou não. Para não cair em uma cilada, confira dez dicas listadas pela revista Times, que vão lhe ajudar a tirar máximo proveito do namoro virtual. 





1. Não perca tempo. De acordo o jornal, um terço das pessoas que namoram na internet são casadas, então o melhor é aprender a ler as entrelinhas para não cair em uma cilada. A matéria lista ainda alguns sinais de alerta: ligações recebidas somente de celulares, principalmente em horários incomuns; recusas a dar um telefone de contato; encontros são marcadas sempre para as noites de sábado - nunca durante o dia.


2. Procure conversar ao telefone com o namorado virtual antes de se encontrar com ele pessoalmente. Um papo pode lhe mostrar muito mais do que meras trocas de e-mails.


3. Se depois de uma boa conversa ao telefone você não gostar do que ouviu, reflita se vale a pena se encontrar pessoalmente. De acordo com a publicação, o ideal seria você partir pro olho no olho apenas quando há chances de envolvimento afetivo e intelectual.


4. Fique esperta: conheça o potencial namorado o quanto antes, assim, você cria menos expectativas e projeções. E acredite, quanto maiores elas forem, maiores as chances da pessoa não ser nada do que você espera.


5. Saiba discernir entre otimismo e precaução. Enquanto você tiver razões para acreditar que seu paquera é um cara normal, fique atenta para não ser enganada: o encontre em um lugar público, conte a uma amiga aonde você vai, carregue sempre um celular e jamais aceite carona.


6. Evite marcar encontro nos seus lugares preferido. Se a relação não der certo, você corre o risco de topar com o sujeito a qualquer hora.


7. O primeiro encontro deve sempre acontecer durante o dia. Em lugares mais cheios e movimentados, você estará mais segura.


8. Durante o dia você ainda tem mais uma vantagem: consegue enxergar melhor a aparência do outro. Segundo o Times, pesquisas apontam que cerca de 33% das pessoas que namoram pela internet costumam mentir sobre seus dotes físicos. Então, por que não abusar da ajuda extra da luz do dia?


9. Uma idéia é transformar o primeiro encontro em algo menos duro e constrangedor. Saia do comum, a combinação mesa de bar, som ambiente e xícaras da café tendem a criar um ambiente tenso. Que tal, então, combinar um jogo de baralho ou ainda uma partida de mini golfe?


10. Agora, se depois de um encontro ele insiste em não retornar suas ligações, não entre "em parafuso". Provavelmente você também já fez o mesmo, ou irá fazer antes do que imagina. Segundo o jornal, a vantagem do namoro pela internet é que você tem muito mais chances de encontrar alguém. Então, pare de chorar, e recomece a procura!

40 respostas uma para pergunta idiota


1 - Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e perguntam:
- Você tá dormindo?
- Não. – Tô treinando prá morrer!

2 - Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta:
- Tá com defeito ?
- Não é que ele estava cansado de ficar em casa E eu o trouxe para passear.

3 - Quando está chovendo e percebem que você vai encarar a chuva, perguntam:
- Vai sair nesta chuva???
- Não, vou sair na próxima…

4 - Quando você acaba de levantar, aí vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Acordou?
- Não. Sou sonâmbulo!

5 - Seu amigo liga para sua casa e pergunta:
- Onde você está ?
- No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa prá lá!


6 - Você acaba de tomar banho e alguém pergunta:
- Você tomou banho?
- Não! Dei um mergulho no vaso sanitário!

7 - Você está pescando quando alguém passa? e questiona:
- Você pescou todos esses peixes?
- Não! Esses, são peixes suicidas que se atiraram no balde!

8 - Você está em um ponto de parada de ônibus? quando um amigo (será mesmo ?!?) pergunta:
- O que você está fazendo aqui?
- Estou esperando o próximo metrô passar prá ir prá casa!

9 - Você está no caixa e tira um talão de cheques e o caixa olha e pergunta:
- Vai pagar em cheque?
- Não! Vou fazer um poema nessa folhinha!

10 - Você acaba de olhar no relógio e alguém te pergunta:
- Viu as horas?
- Imagina, estava assistindo novela!

11 - Você está indo com uma bola em direção ao campo quando alguém fala:
- Vai jogar?
- Não, vou estourar pipoca!

12 - Você pede para uma pessoa assinar um documento e ela diz:
- Assinar o meu nome?
- Não, assinar a fórmula de Báskara ou o que quiser…

13 - Namorada loira recebendo flores, pergunta:
- São flores?
- Não, são cenouras!

14 - Na fila da padaria o cara pergunta pra mulher:
- Você está na fila?
- Não, pisei em um chiclete e estou grudada!

15 - O cara vê outro fumando e pergunta:
- Puxa! Mas você fuma?
- Não, eu gosto de bronzear os meus pulmões.

16 - O juíz mostra cartão vermelho para o jogador. Pergunta:
- Você está me expulsando?
- Não, eu quero saber se você é daltônico.

17 - Dentro de um avião para os Estados Unidos, um passageiro pergunta ao outro:
- Está indo para os Estados Unidos?
- Não, eu peguei o avião errado
18 - O cara vai andando pela rua e leva o maior tombo, o sujeito que o socorre pergunta:
- Caiu?
- Não! Eu me joguei!
19 - O cara está parado no ponto de ônibus. Chega outro cara e pergunta:
- Você vai pegar ônibus?
- Não, eu moro aqui neste ponto de ônibus!
20 - Um amigo encontra outro na rua, e pergunta:
- Cortou o cabelo?
- Não caiu.
21 - A velhinha pergunta para o neto que chega em casa todo molhado:
- Tá chovendo lá fora?
- Não, é que todo mundo na rua resolveu me jogar um balde de água.
22 - Garçom pergunta para o casal na mesa:
- É para dois?
- Não, eu vou comer e ela vai ficar olhando pra mim.
23 - O ascensorista, no térreo, pergunta:
- Sobe?
- Não! Eu vou para os lados!
24 - Mulher com bebê no colo. Pergunta:
- É seu filho?
- Não, ganhei ele numa rifa!
25 - O sujeito está passeando com seu filho pela rua. Pergunta:
- Esse garoto é seu filho?
- Não, agora estou traficando bebês!
26 - O camarada caminhando com uma vara de pescar. Pergunta:
- Vai pescar?
- Não, a vara é para eu palitar meus dentes!
27 - Noiva entrando na igreja, escoltada pelas daminhas de honra. Pergunta:
- É casamento?
- Não, é festa junina.
28 - Mulher subindo escada de joelhos pra pagar promessa. Pergunta:
- A senhora está pagando promessa?
- Não, não! É que eu adoro subir escadas de joelhos!
29 - Mulher abre a porta para o convidado e pergunta:
- Você veio?
- Não, não sou eu! É outro, vou vir mais tarde!
30 - Apostadora de corrida de cavalos no prado. Pergunta:
- A senhorita gosta de corrida de cavalos?
- Imagine! Eu venho aqui pra sofrer!

31 - O sujeito no caixa do cinema. Pergunta:
- Quer uma entrada?
- Não, quero uma saída.

32 - Homem com vara de pescar na mão, linha na água, sentado.
- Aqui dá peixe?
- Não, dá coelhos, gatos, ratos... Peixe costuma dar no meio do mato.

33 - um sujeito voltando do rio com um balde cheio de peixes.
- Você pescou todos?
- Não, alguns são peixes suicidas e se atiraram no meu balde.

34 - Você vai jantar e sua esposa pergunta:
- Posso pôr a comida no prato?
- Não. Joga no chão e vem puxando com o rodo!

35 - No caixa do banco, o sujeito vai descontar um cheque.
- Vai levar em dinheiro???
-Não!!! Me dá em clipes e borrachinhas!

36 - Sujeito entrando em uma agropecuária.
-Tem veneno pra rato?
- Tem! Vai levar?
-Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!!!

37 - Você está enchendo um copo com leite e alguém pergunta:
- Vai tomar leite?
- Não. Vou deixar em cima da mesa para ver quanto tempo leva pra evaporar!

38 - Você está de pijama, e com a almofada na mão e vem alguém e pergunta:
- Vai durmi ?
- Não! Esse é meu novo uniforme escolar.

39 - Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta:
- Tem gente?
- Não! É a merda que está falando!

40 - Você está puxando uma planta, tentando arrancá-la, e vem alguém e pergunta:
- Está tentando arrancar a planta?
- Não! Estou brincando de cabo de guerra com um chinês!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Bruna surfistinha


http://www.cinemaqui.com.br/wp-content/uploads/2011/03/bruna-surfistinha-poster.jpgwww.milenymaya.blogspot.com
 As criticas que vi sobre o filme fizeram assistir, e  a estar em uma sala de cima para ver o mesmo(na ocasião salas lotadas na sua maioria homens de meia idade e desacompanhados) dentre elas a melhor critica foi a deVinicius Carlos videira domais deixo a vocês caros leitores de Mileny maya a apreciar esta critica que fala mais do que eu mesma sobre BRUNA SURFISTINHA .



Eu raramente (ou quase nunca) me sinto confortável escrevendo sobre filmes na primeira pessoa, como se um pequeno alarme soasse no fundo de meu cérebro me lembrando das aulas na faculdade, mas enfim, se o farei agora não será pela qualidade do filme, nem pelo contrário. Bem verdade “Bruna Surfistinha” não é mais que uma daquelas tentativas medianas de embarcar em um momento que favoreça o assunto, mas sim uma que acaba tendo sua validade para mim (por isso a primeira pessoa), justamente pela fragilidade de tudo aquilo que veio antes dele. Primeiro foi o blog, com que a garota de programa, vulgo Bruna Surfistinha, fez um enorme sucesso na internet contando sobre suas experiências e seu passado de patricinha (tendo como ponto alto as notas e os comentários sobre cada programa seu durante o dia). Depois veio o livro, “O Doce Veneno do Escorpião”, com o qual eu esbarrei em uma doação de uma biblioteca e não pude conter a curiosidade. Por fim, baseado no Best Seller, veio o filme. O importante disso tudo é tentar entender como, tanto o diário digital quanto a biografia, dois produtos narrativamente pobres, desinteressantes e pouco empolgantes, podem resultar em uma produção que, se não é um mar de acertos acaba se mostrando tremendamente esforçada.
Não sou uma assumidade literária, nem tento ser, mas é impossível acabar de ler o livro e não sentir uma falta de sentimento incrível para um produto que tenta vender uma imagem muito mais empolgante que seu resultado. Sem uma linha expressiva à ser seguida, diluída entre a vontade de contar suas experiências e a necessidade de achar uma razão para tudo aquilo, “O Doce Veneno do Escorpião” é equivocado, no entanto, serve como a base perfeita para o roteiro do trio José Carvalho, Homero Olivetto e Antonia Pellegrinno, que caminha grudado naquelas páginas, mas ao mesmo tempo parece terem o discernimento perfeito para abrir aquelas tais exceções que mais prejudicam a vida das adaptações.
Olhando só para o filme, o resultado talvez se mostre cheio de atalhos preguiçosos, como a adolescência tomada pelo preconceito, a luta pela independência, a fama, a lama e a volta por cima, mas é no modo como tudo isso sai de um texto tão sem sentido quanto o do livro que é que mais surpreende. Mais ainda, o modo como o texto do trio não se prende àquelas amarras reais que tanto prejudicam a ficção. Em uma trama cheia de concessões, o que vale mais é contar aquela história do jeito que faça mais sentido como cinema, não como verdade.
Se o livro tem uma carência enorme de personagens rodeando esse mundo egocêntrico da protagonista, aqui, é fácil perceber o quanto a presença marcante de Drica Morais como a primeira cafetina da personagem ajuda o filme a andar à passos firmes. Do mesmo modo que se sente tranquilamente mais a vontade para povoar esse mundo com algumas outras amigas e parceiras de profissão para animar e dar mais ritmo a toda experiência. Assim como também na hora de criar um vínculo muito maior da personagem com certos clientes, como o vivido por Cássio Gabos Mendes, que dá as caras várias vezes durante a trama e serve como uma espécie de válvula de escape da protagonista com o mundo que orbita o seu.
Carvalho, Olivetto e Pellegrinno, fazem tudo isso de um jeito coloquial, é verdade, onde cada um sentado naquela sala de cinema vai ser capas de adivinhar o rumo daquela trama bem antes dela acontecer, mas um aparente carinho com o material original, e como o jeito “diário de uma prostituta” do mesmo, pintado de detalhes picantes, pitorescos e bem humorados, fazem com que “Bruna Surfistinha” acabe resultando em algo bem humorada e interessante, que tem lá seu perfil “lição de moral” e otimista, mas durante a maioria do tempo sobrevive por tentar mostrar para o público um pouco desse mundo que a maioria não conhece, mas com o sentido e a linha narrativa que, tanto o blog quanto o livro, não conseguiram encontrar.
Por outro lado, a direção do estreante Marcus Baldini, só ajuda mais a fazer com que o filme funcione. Ainda que um pouco reticente com o visual que parece querer imprimir, ora com um tom mais plástico, jogando com o foco da câmera e um olhar que resulta em composições que deixam a imagem respirar, seu lado mais prático e objetivo acaba se tornando muito mais satisfatório para a história, um lado que não fraqueja em ser sensual e visceral, satisfazendo àqueles que irão ao cinema em busca de um pouco de histórias e cenas picantes. Que se mostram na medida entre a força, a coragem e um modo explícito e exagerado que talvez afastasse demais o público dos cinemas (o que eu não acredito que irá acontecer).
Por fim, a presença de Débora Secco, no papel título, ajudará aos números das bilheterias, mas decepcionará muita gente que for à procura de alguma experiência reveladora da carreira da atriz. Mesmo se esforçando bastante para caminhar dessa jovem insegura até essa mulher decidida, não tendo o menor pudor com sua imagem de atriz de novela e se deixando levar pelas necessidades de sua personagem, infelizmente acaba caindo em atalhos mais fracos até que o roteiro, talvez até em parte pela falta de experiência do diretor com seu elenco. Sua Bruna, ou Rachel (nome verdadeiro da personagem) se resume na adolescência a um joelho torto e um pé pisando para dentro, com a ajuda apenas de uma franja fora de moda, do mesmo jeito que seu lado junkie, tomado pelas drogas, se obriga a cerrar os olhos e entreabrir a boca, ao mesmo tempo em que exagera demais como sua personagem sentando sempre com as pernas abertas e sem classe, algumas características que, em um conjunto de outras nuances talvez resultassem em uma composição rica, mas aqui só demonstra uma falta de preparo na hora de tentar entender quem era aquela personagem, e não o que ela representa.
Mas de qualquer modo, “Bruna Surfistinha” (que leva o nome da personagem enquanto o nome do livro seria muito mais interessante para o filme) não vai decepcionar quem for ao cinema curioso com a história dessa mulher, que extrapolou um pouco uma sociedade hipócrita e preconceituosa com uma fama que, mesmo passageira, é bem interessante de tentar ser entendida.

o ritual

O Ritual Ajudante de seu pai numa casa funerária, Michael (o irlandês Colin O´Donoghue, praticamente estreando na tela grande) planeja aplicar um pequeno e aparentemente inofensivo golpe: deixar o emprego que odeia, sair de casa, e estudar durante quatro anos num seminário às custas da Igreja Católica. Quando finalmente chegasse a hora de se ordenar padre, ele pularia fora. Porém, antes de deixar o seminário definitivamente, Michael aceita um desafio de seu superior: viajar para Roma e fazer um curso sobre exorcismo. Um curso que mudará toda sua vida.

Inspirado num caso real e baseado no livro The Making of a Modern Exorcist de Matt Baglio, O Ritual não recebeu boas críticas nos Estados Unidos, mas merece um olhar mais atento e um julgamento menos precipitado. Por várias razões.

Uma delas é a direção do sueco Mikael Håfström (pessoal, não é fácil colocar esta bolinha em cima da letra A), o mesmo de outro bom terror: 1408, com John Cusack. Embora tradicional e fiel aos padrões do cinemão comercial, o estilo de Mikael é um pouco menos óbvio e um pouco mais sutil do que se observa na maioria dos filmes do gênero. Claro, existem os clichês de sempre, como os sustos forçados pela música alta( eu me assutei diversas vezes por causa dessa maudita música coitado do Paulo Cesar meu amigo que foi obrigado a assistir comigo e ver meus ''pitis')', ou a intrépida jornalista sempre em busca da verdade (papel da brasileira Alice Braga). Mas na soma de todos os medos trata-se de uma direção elegante e eficiente, que garante o clima de suspense até o final.

Outro ponto positivo é a bem-vinda caracterização de Anthony Hopkins como um padre de fé oscilante, que destila com graça e sarcasmo toda a sua verve irônica tipicamente britânica, amparado por bons diálogos. Ao ser questionado sobre a suposta simplicidade de um ritual de exorcismo, Padre Lucas (personagem de Hopkins) dispara: “O que você esperava? Cabeças girando? Sopa de ervilha?”,  adorei quando ele disse isso brincando com o clássico de William Friedkin.

Vale a pena também apreciar com um pouco mais de vagar o roteiro de Michael Petroni, um dos roteiristas do terceiro episódio de As Crônicas de Nárnia. O filme não apenas levanta questões sobre a Fé, como também propõe em seu subtexto que toda a maldade demoníaca reside na verdade profundamente escondida dentro de cada um de nós. Nos medos infinitos que temos daquilo que nós mesmos cometemos. Vale a discussão!

O Ritual conta ainda com duas participações especiais de luxo: o holandês Rutger Hauer (de Blade Runner) como o pai de Michael, e a belíssima italiana Maria Grazia Cuccinotta (de O Carteiro e o Poeta) escondida no papel da tia de uma garota endemoniada. Desperdício, hein?

De qualquer maneira, o filme é extremamente honesto na sua proposta de realizar um bom entretenimento de terror, dentro dos padrões do cinema de mercado, acima da média do gênero e com respeito ao público. Vale ser visto na tela grande.

cisne negro


(Black Swan – EUA - 2010)
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Mark Heyman, Andres Heinz, John J. McLaughlin
Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Barbara Hershey, Winona Ryder, Benjamin Millepied, Ksenia Solo, Kristina Anapau)


A obsessão, a superação, a busca de um objetivo e a autodestruição resultante da junção dessas características já é tema recorrente na carreira do cineasta Darren Aronofsky. Em Cisne Negro, o diretor cria um diálogo direto com suas obras anteriores, além de adicionar novidades em sua filmografia; resultando em um filme tenso, forte e excelente.

Na trama, a jovem bailarina Nina Sayers ganha sua grande chance do estrelato ao ser escolhida para protagonizar uma nova versão do O Lago dos Cisnes, quando a veterana Beth Macintyre (Winona Ryder) é forçada a se aposentar. Thomas Leroy (Vincent Cassel), diretor da peça, impõe que sua escolhida seja capaz de interpretar ambos os papéis (o Cisne Branco e o Cisne Negro), e nisso Nina se vê obcecada a atingir a perfeição exigida, além de ser atormentada por estranhas visões e desejos reprimidos. Ao mesmo tempo, uma nova bailarina da companhia (Mila Kunis) começa a roubar a atenção de Thomas, sendo vista como uma ameaça ao sucesso e reconhecimento de Nina.

A idéia de mostrar alguém sucumbindo a sua própria obsessão, ignorando todos os avisos externos, e caindo em uma paranóia esquizofrênica já aconteceu antes com o matemático Max Cohen (PI). E a busca pelo objetivo ser levada a um extremo ponto, em que a vida do (a) protagonista corra perigo, é algo que já foi visto na história de Randy "The Ram" Robinson (O Lutador).

Além disso, Aronofsky que sempre prezou em sua carreira por colocar o espectador como participante ativo, fazendo o público sentir o que os personagens sentem (como dores de cabeça de Max Cohen ou com os eletrochoques que visavam “curar” Sara Goldfarb), não só mantém essa característica nesse longa – afinal, quem não se contorceu na cadeira com o corte na mão de Nina? Ou com sua unha quebrada? – como prolonga o diálogo entre seus filmes: seja no clímax estendido e angustiante – vide Réquiem para Um Sonho – ou mesmo na maneira como esse clímax se encerra – bastante similar ao de outro trabalho dele (não vou falar qual é para não estragar nenhuma surpresa). Sobrando lugar ainda para um tema inédito: a dualidade.

O fato do “inimigo” de Nina ser ela mesma (a busca por perfeição torna limitada a sua capacidade de improvisação e o que faz com que seus movimentos sejam previsíveis) é ilustrado através de alucinações onde ela vê a si mesma nas ruas e no constante uso de espelhos (tanto em casa, como no balé ou no metrô). Sendo assim, é interessante notar como Lily – que é vista por Nina como uma rival e possível conspiradora contra o seu sucesso - é constantemente mostrada vestida de preto, contrastando assim com as vestes claras da protagonista.

Inovando também ao trazer uma mulher como protagonista, Darren acertou em cheio ao escolher a bela Natalie Portman para o papel de Nina. A jovem encarna de maneira admirável uma personagem reprimida e atormentada. A atriz chegou a passar por uma transformação física, tendo que perder peso e aprender balé para o filme. Sendo assim, não será surpresa se, no dia 27, a academia consagre Natalie com o prêmio de Melhor Atriz.

Fica a impressão que o diretor usou esse filme para fechar um ciclo em sua filmografia, partindo agora para projetos mais comerciais, como Wolverine 2. Resta saber agora se Darren conseguirá manter o nível de seus próximos projetos. Ainda assim, o que posso dizer com certeza é que, embora não tenha gostado da primeira aventura solo do herói mutante, aguardo ansioso sua continuação.

10 milagres que o dinheiro ja fez!!!!!

coisa de amazonense

http://www.fne.org.br/fne/var/eznewsletter_site/storage/images/noticias/interior_amazonense_e_destaque_da_semana_nacional_de_c_t/23474-1-por-BR/interior_amazonense_e_destaque_da_semana_nacional_de_c_t.jpg
Primeiramente, você tem que treinar falar com as pessoas pegando nelas. 
No braço, no ombro, no cotovelo. Mas tem de pegar. A linguagem corporal é tão importante para o amazonense, quanto o descanso o é para o baiano e a desconfiança para o mineiro.

Beijinhos de cumprimento são sempre dois. Os paulistas têm de aumentar um e os gaúchos têm de reduzir um. Isso pode causar uma série de beijos órfãos no ar para aqueles que estão em fase de adaptação. O pegar e o beijinho do amazonense não devem ser entendidos, grosso modo, como evasivos, mas como parte mesmo de sua enunciação, parte do sentido do dizer.

Outra coisa: amazonense aponta com a boca. Pergunte a um amazonense onde está algo e ele, muito provavelmente, em vez de levantar a mão e apontar,fará um biquinho em direção à coisa procurada. Aliás, um biquinho não, um beicinho.

Amazonense bom mesmo, típico, é aquele que não respeita sinais de trânsito.

Faixa de velocidade, então, vixe! Nem pensar. Muitos até fazem da faixa uma espécie de guia para centralizar seu carro, como fazem os aviões. E vá tentar andar na faixa? Você é considerado o pior motorista do mundo, com direito a olhares feios e até alguns xingamentos. Por outro lado, se seu carro quebrar,logo aparecem muitos amazonenses querendo dar uma mãozinha.

Amazonense é solidário. Muito. Pergunte e ele responderá.
Peça e ele lhe ajudará. Dê trela e ele grudará.
O amazonense é muito caloroso. Não só pelo calor que faz em Manaus, mas porque facilmente puxa papo e se integra a um grupo. Basta uma possibilida de entrada na conversa e..zapt! estamos dentro, na maior intimidade. Isso pode causar certo choque para as pessoas do sul e sudeste, mais reservadas no assunto amizade. É mais difícil "aprochegar-se" em São Paulo do que em Manaus, definitivamente. Mas há doces exceções.

Noves fora essas questões de relacionamento, há a questão da língua mesmo. Algumas palavras e expressões que realmente levam algum tempinho para que sejam dominadas e internalizadas. Seguem abaixo algumas palavras e expressões típicas com suas explicações e comentários.



ÉGUA - Égua pode ser usado em várias situações.
Alguém faz algo que você não entendeu: "égua..."
Uma situação estapafúrdia? "Éééguaa, maninho..."

QUE SÓ - Locução adverbial de intensidade, similar a "pra caramba". Hoje está quente que só". "Ela é lesa que só". "A sala estava lotada que só"

LESO (A), LESEIRA - Um leso é alguém que sofre de leseira. Leseira é um abestalhamento momentâneo que acomete o leso. Se a leseira for uma característica contínua, dizemos que o leso sofre de leseira baré.
Segundo cientistas da Universidade de Kuala Lumpur, a leseira baré ocorre entre os  amazonenses devido ao sol quente na moleira, que frita o cérebro e queima  alguns neurônios. Temos ainda as expressões derivadas: "Deixa de ser leso!" e "Pára de leseira!". Mas como tudo tem seus dois lados, dizem que o sol também causa nos amazonense algo chamado tesão de mormaço. Auto-explicativo.

AGORINHA - Diferentemente do uso no sudeste, agorinha quer dizer "há alguns segundos", referindo-se ao passado e não ao futuro. "Ela estava aqui agorinha, mas sumiu".

OLHA JÁ! - Expressão de indignação correspondente a "Mas que abuso!".
"E aí, gata, me dá um beijo?" "Mas, olha já esse aí...Te manca!"

MANO(A) - Tratamento carinhoso entre conhecidos ou não. Muito usado para fazer perguntas e pedidos. "Mana, faz um favor pra mim". "E aí, tudo bem, mano?"

MANINHO(A) - Tratamento não carinhoso usado por pessoas que já estão estressadas  "maninho, tu não tem o que fazer não?"

TELESÉ -  é a mesma coisa que "tu é leso é?"

PITIÚ - Cheiro. Geralmente associado a peixe "Tá sentindo um pitiú danado  aqui?"

BORIMBORA - Vamos embora. "A gente não tem mais nada a fazer aqui. Borimbora!"

COM BORRA (E TUDO) - Com tudo. Expressão de alopro. "Ela estava  aprendendo a dirigir. Foi entrar na garagem e pisou no acelerador ao invés  de pisar no freio. Aí entrou com borra e tudo na garagem, arrebentando o carro todo.

MAS QUANDO? -  ( quer dizer que nunca, nem pensar )   - " Ele disse pra eu ir lá na casa dele... mas quando.

MACETA - Grande, imenso, de proporções anormais. "Eu disse que ia lá brigar com ele e quando eu olhei o cara era maaaceta. Saí fora..."

QUERIDA - Cuidado! Esse é um falso cognato. O uso da palavra "querida".
Aqui em Manaus denota um certo sarcasmo ou uma certa ironia. "Escuta aqui, minha querida. Eu sou a mulher dele, entendeu?" "Você não  está entendendo, querido? (Significa você é um burro!)

CARAPANÃ - Pernilongo. Só que mais chato e mais chupador.
Termo indígena  para "lança voadora", segundo a lenda urbana.

MAIS VOU MERMO - Indica uma afirmativa veemente . "Vamos a Ponta Negra no domingo?  Resposta: Mais vou mermo". Ainda pode ser usada uma variação MAIS QUERO MERMO, "Ta afim de um sorvete de creme de cupuaçu?
Resposta: Mais quero mermo". (Obs.: Uma verdadeira Manauara nunca rejeita um sorvete de  cupuaçu ou tapioca)

NEM COM NOJO - Indica uma negativa veemente. "Não empresto dinheiro para ele nem com nojo", "Vai ter que comer este peixe hoje, sem farinha amarela e sem pimenta. Reposta: Nem com nojo".

MÁ RAPÁZ - O mesmo que "Olha já!". "Me empresta teu carro?" "Má rapá! Claro que não!"