terça-feira, 1 de novembro de 2011

cloverfield


Após muita encheção de saco dos meus amigos e do tosco do meu irmão Paulo pois logo quando eu quero dormir eles querem ver filmes amo filmes mas quando a capa não me agrada putz..., decidi acompanhá-los a uma sessão de Cloverfield. Assistir filmes é um dos meus passatempos favoritos, ganhando até mesmo dos meus outros hobbies prediletos, como “utilizar a internet para provar às pessoas que suas opiniões e convicções são idiotas”Lembra de Transformers? Lembra daquelas cenas de ação em que a câmera chacoalha pra todo lado? Lembra quando essas cenas eram as partes mais legais do filme? Não, você não lembra dessa última. Por que, ao contrário do que cineastas acreditam, dar a câmera pra um portador de mal de Parkinson não é uma técnica cinematográfica indispensável. Como se uma cena de porradaria entre robôs de trinta metros de altura sendo filmada a dois centímetros de distância já não fosse complicado o bastante de acompanhar,  Michael Bay decidiu que apreciaríamos o filme mais ainda se ele empregasse epiléticos pra filmar essas cenas. O resultado é que assistir tais trechos dofilme te dá a mesma sensação de ver aqueles vídeos caseiros das férias dos seus primos na Disney – a insuportável tremeliqueira do infeliz operando a câmera torna impossível fixar a vista em um ponto qualquer por mais de um segundo.  Já pensou como seria aturar um filme inteiro nessa tremedeira sem fim? Basicamente, é isso que Cloverfield é. Pra você ter uma noção da gravidade do negócio estou preemptivamente declarando Cloverfield como o PIOR filme de toda a história da cinematografia.
Acho que talvez eu esteja pegando muito pesado com o filme. A proposta de um testemunho em primeira pessoa da tragédia é convincente, a proposta é original apesar de não ser inédita, os efeitos são muito bem feitos, e dá quase pra se identificar com o protagonista principal (o único que não é completamente one-dimensional).
Mas no final das contas, Cloverfield ainda é um filme que vai fazer você vomitar.

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